segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PRECISAMOS SONHAR GRANDE

O consultor e palestrante Cesar Souza publicou em 2003 o livro “ Você é do tamanho do seu sonho” no qual ele mostra, através de estórias reais, como por trás da capacidade empreendedora existe um sonho ou um desejo de realização. Tenho usado esse livro para incentivar alguns alunos e clientes a refletirem sobre o que desejam e quais são suas metas para a vida pessoal e profissional.
Sonhar faz parte da vida, mas parece que algumas pessoas se esquecem disso. Fico surpresa e ao mesmo tempo triste ao constatar que, de uma forma em geral, as pessoas têm medo de sonhar acordado. E, olha que sonhar é talvez das poucas coisas boas que não custa nada e nem é taxado pelo governo.
Quando pergunto sobre sonhos, muitas vezes, escuto respostas que se referem a metas que se voltam exclusivamente a cumprir expectativas sociais como casar, ter um bom emprego, comprar uma casa, fazer uma viajem e etc.
Acredito que nossos sonhos e desejos revelam muito sobre o que somos e nossa visão de futuro. Sonhar pequeno quer dizer algo: significa que não desenvolvemos nossa auto-estima, nossa capacidade de analisar e perceber a realidade. E mais, pode mostrar que sentimos insegurança em relação a nós mesmos e aos outros e, também que temos dificuldade de persistir e lidar com a frustração.
Muitas pessoas questionadas sobre o que as impendem de sonhar ou desejar algo que extrapole apenas anseios sociais falam que é preguiça ou simplesmente não saberem o que realmente querem. Quem não arrisca nem no sonho mostra que, no fundo no fundo, reprimiu ou jogou lá para o inconsciente suas vontades e desejos. Porque agimos dessa forma?
Primeiramente porque não acreditamos nesse desejo, principalmente quando ele não é valorizado socialmente. É o caso de quem abre mão de uma carreira voltada para as artes e segue um trabalho burocrático pelo qual não se identifica.
Em segundo lugar porque não acreditamos no nosso potencial e na capacidade de modificar a realidade. Estou me referindo aos profissionais que apenas se contentam com o que a vida lhes oferece. Não escolhem, apenas são escolhidos.
E, finalmente, penso que algumas pessoas simplesmente perderam a capacidade de sonhar. O sonho é visto como inimigo da realidade e, portanto fonte de frustração. Deixam de sonhar para evitar ter que lidar com a dor, caso as coisas não aconteçam dentro do esperado.
Resgatar a capacidade de sonhar grande, ou pelos menos de sonhar os nossos sonhos, ajuda na construção do futuro. Sonhar ou não sonhar serve de direcionamento na vida.
Final de ano está chegando. Época em que, naturalmente, fazemos retrospectivas e planos. Momento propicio para resgatar a criatividade, a audácia, a garra que deve caracterizar pelo menos um sonho em nossa vida.
O meu é me dedicar apenas a escrever, qual é o seu?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

10 anos.... 10 dias.... 10 minutos

O que dura mais? 10 anos, 10 dias ou 10 minutos?
O que provoca maior impacto na vida da gente? 10 anos, 10 dias ou 10 minutos?
Essas são perguntas que não têm respostas. Dez anos podem deslizar de forma imperceptível e dez minutos provocarem uma explosão na nossa vida.
Lembro-me de quando estava para me formar (e lá se vão 30 anos), um professor comentar em sala, que alguém só consegue saber se vai dar certo na profissão depois de 10 anos de formado. Durante muito tempo fiquei me perguntando porque essa marca dos dez anos, e hoje penso, que esse é um tempo razoável para abraçarmos de fato o mercado de trabalho e passarmos a compreender quanto é difícil avançarmos pessoal e profissionalmente. Isto é, dez anos de experiência nos capacita a ver de fato a vida profissional como ela é.
Acho que, nesse momento, para vocês, a alegria de comemorar os dez anos de formado deve estar se misturando com o sentimento de surpresa com percepção de que esse tempo passou sem pedir licença e sem perguntar se era nessa velocidade que queríamos.
Drummond em sua sensibilidade nos faz refletir quando em seu poema diz:
“Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.”

É por isso que comemorar é essencial: rever os amigos, resgatar sonhos e lembranças e principalmente, avaliar o que valeu a pena ou não durante esse tempo.
Se o balanço desses dez anos é positivo, com mais ganhos que perdas, ótimo, pois assim a gente recarrega a bateria para os próximos dez.
Se a balança está tendendo para menos ganhos ou avanços, ou ainda para dúvidas e ansiedades, ótimo também. Essa é uma oportunidade de refletir sobre as mudanças que precisamos fazer e levar a esperança ao limite da exaustão, como disse nosso poeta.
Dez anos é muito e é pouquíssimo ao mesmo tempo. Parece muito quando olhamos para traz e vemos tudo que já conquistamos. (Já imaginaram quantas pessoas novas, companheiros e filhos, agora fazem parte da turma?)
Mas, dez anos voam e é por isso, que desejo a vocês que nos próximos dez se renovem as possibilidades, as oportunidades e, sobretudo a vontade de viver com alegria e leveza, fazendo as pessoas de seu convívio-família,amigos e colegas de trabalho - também felizes.
Parabéns e sucesso!

10 anos.... 10 dias.... 10 minutos

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pé na bunda, um passo a frente!

Outro dia, saindo de uma reunião em uma empresa escutei uma jovem executiva usando a expressão acima para mostrar seu sentimento frente à possibilidade de demissão em função de algumas mudanças internas que vêem ocorrendo em seu ambiente de trabalho. Achei graça de sua espontaneidade com uma situação que, em geral, causa angústia e medo.

Fiquei pensando como seria bom se a maioria dos profissionais pensasse assim. Com uma freqüência assustadora, encontramos pessoas nos ambientes corporativos insatisfeitas, frustradas e infelizes que não têm a coragem de assumir os riscos de mudar e viver uma nova experiência profissional. E, não estou falando de pessoas que estão próximas da aposentadoria, pois nesse caso teríamos uma explicação lógica, mas assim mesmo questionável.

Refiro-me a jovens profissionais, que estão de 10 a 15 anos no mercado de trabalho e que portanto, já carregam uma carga de aprendizagem e maturidade considerável, mas ainda com um longo caminho de conquistas pela frente. São profissionais que conseguem manter um desempenho adequado, porém, menos pela motivação e satisfação com o que fazem e mais, porque são jovens e estão cheios de energia vital.

Nestas pessoas, os sonhos de mudança ficam guardados para elas mesmas e, muitas vezes, não são compartilhados nem com os mais íntimos, porque acreditam que sentir frustração e uma vontade enorme de “chutar o balde” é sinal de imaturidade. Acham ainda que como estão abrindo mão da própria felicidade em função do trabalho, a empresa tem uma dívida de gratidão com elas, daí se sentem punidas e até mesmo traídas, quando são demitidas, mesmo por motivos contingenciais.

Pensar a demissão como a oportunidade de um passo a frente é privilégio de poucos. Isso é, de quem se conhece e sabe de suas potencialidades e fragilidades. De quem consegue identificar espaços onde possa se reconhecer, se desenvolver e encontrar a satisfação desejada. A satisfação, essa que só virá quando o profissional perceber na sua atividade, cargo ou no tipo de trabalho um significado pessoal. Identificar um objetivo, que não seja apenas ganhar dinheiro para sobreviver.

Vejo pessoas capacitadas, inteligentes e criativas que se contentam com muito pouco. Agarram a primeira oportunidade como se fosse à única possível. Racionalizam dizendo que não existe emprego ideal. E realmente, não existe mesmo. Mas, daí à acomodação, é cair em outra armadilha.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Você é profissional ou apenas “mexe com”

Algumas pessoas quando questionadas sobre sua vida profissional, respondem de quase de forma casual: eu mexo com.... consultoria, restaurante ou... informática. Aqui, menos importa o segmento do mercado e mais a forma como se encara a identidade profissional.
“Mexer com” mostra um sentido de transitoriedade, de superficialidade e de pouca identificação entre o sujeito e as atividades que realiza. Quem “mexe com” tem visão de curto prazo, foca o presente e não se preocupa em investir na melhoria do seu negócio, e muito menos, no seu desempenho. Não tem consciência do peso que uma imagem negativa tem sobre a carreira profissional.
Numa época de transformações no mercado de trabalho como a atual, profissionais têm deixado de priorizar a segurança e a estabilidade, arriscando em novas atividades. Essa passagem do emprego para a autonomia deve ser cuidadosamente planejada para não se cair na armadilha da superficialidade.
Se a nova atividade não for assumida como um caminho para o futuro, a postura dominante será a de “mexer com”. Dessa forma, as possibilidades de que o novo negócio não se concretize são grandes. Vemos a toda hora, negócios sendo abertos e fechados e profissionais se sentindo extremamente frustrados, por mais uma experiência profissional mal sucedida, sem perceber que o problema não está no mercado, mas na própria forma de encarar a vida profissional.
Quem “mexe com” desiste frente ao primeiro obstáculo, está sempre de olho no negócio do vizinho, e não consegue perceber e criar oportunidades para fortalecimento do seu negócio. Não tem compromisso consigo mesmo e, muito menos, com o cliente. É como se raciocinasse consigo mesmo: do mesmo jeito que comecei a mexer com isso, posso mexer com outra coisa. Os clientes que fazem negócios com esse tipo de profissional ou empresa, normalmente, perdem tempo e dinheiro. Mas, quem sai realmente prejudicado é o profissional, que se expõe negativamente.
Ser e se colocar com profissionalismo é muito diferente. Não tem apenas a ver com cargos, titulação ou forma de estabelecer relações de trabalho. Refere-se à atitudes em relação a si mesmo e ao mercado. Quem se sente integrado e identificado com aquilo que faz “estufa o peito e enche a boca” para se definir profissionalmente. Tem orgulho de ser e do trabalho que desenvolve, mesmo que temporariamente esteja passando por uma crise.
Ser profissional não combina com atitudes passivas, acomodação e queixa. Pelo contrário, caracteriza-se por posturas de autoconfiança, desenvolvimento constante de competência pessoal e proatividade.
Quem “mexe com” tende a caminhar, sem muita convicção, para onde o mercado aponta. Vai atrás dos modismos. A moda é vender celular, lá vai ele, a moda é internet, então é lá que está ele. Desenvolver uma carreira focada significa investir constante em novas aprendizagens, parcerias, inovação de recursos e tecnologias, mas, sem perder a direção
A escolha é de cada um: oportunismo ou construir uma carreira em cima de convicções internas?
Fazer um diagnóstico de como está sua vida profissional nesse momento, pode ser o começo para evitar a armadilha do “mex com”.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

PERGUNTAR NÃO OFENDE! OU, OFENDE?

Desde que certo programa humorístico de TV usou esse mote para mostrar que a pergunta sobre aquilo que incomoda pode levar a uma situação desconcertante e de certa forma ofensiva, algumas perguntas se calam e deixam de ser feitas, mesmo que a gente esteja morrendo de vontade de fazê-las.
Nessas situações, nos autocensuramos com medo de que a pergunta possa ser recebida como uma ofensa ou mal interpretada pelo interlocutor , o que poderia levar a um confronto ou conflito, gerando perdas de amizades, amores ou de negócios.
Mas, na orientação de carreiras tenho percebido uma questão diferente. Alguns profissionais evitam se expor questionando a realidade e, essa atitude não é tomada pela preocupação com o interlocutor e sim, tentando se autoprotegerem.
São pessoas que pensam que, na era da informação e em mercados de trabalho altamente competitivos, perguntar sobre o que não conhecemos é sinal de fragilidade.
Para elas, perguntar vira uma ofensa não para o outro, mas para própria auto-estima. Como se idealizam como superhomens ou superprofissionais acham que têm que ter domínio de tudo que se refere ao seu segmento de negócio, e têm medo de se sentirem ridicularizados.
Com essa postura perdem oportunidades sociais e profissionais de abrirem sua visão de mundo. A curiosidade, as dúvidas e as inquietações quando colocadas para fora ampliam nossas possibilidades de conhecimento e atualização profissional.
Quem consegue, em contato com clientes, fornecedores, parceiros ou em reuniões com chefias ou colegas de outros setores, expor sua “ ignorância “ sobre um tema ou um conceito apresentado não perde a chance de descobrir sobre o que as pessoas estão discutindo ou falando.
Curiosidade, no momento e na medida corretos, pode ser um bom caminho de mostrar ao outro que temos interesse naquilo que ele está falando, que queremos entrar em sintonia com seus problemas e realidade e assim, ao invés de fechar portas, pode ao contrário passar uma atitude profissional positiva.
Perguntar não é sinal de “burrice” como temem alguns, mas sinal de vontade de aprender, de conhecer coisas novas.
Nós, adultos, devemos lembrar sempre que a criança pergunta o tempo todo e sobre tudo, sem censura, sem preocupar com que o outro pode estar achando. E assim, ela passa a compreender o mundo que a cerca.
Talvez, atualmente, não tenhamos mais a necessidade de perguntar se as bruxas existem. Mas, se em alguns momentos ficarmos na dúvida, por que não?

domingo, 4 de julho de 2010

CAMINHOS PARA A REALIZAÇÃO DE PROJETO DE VIDA

Você já parou para pensar que o futuro está logo ali. É muito importante para todos nós saber como queremos chegar lá. Para tal, é preciso estabelecer uma visão de futuro, isto é vislumbrar claramente um horizonte . Como? Vale a pena construir e reconstruir todos os dias um projeto de vida. Claro que esse projeto não é um tapete mágico que sozinho nos transportará para o futuro, mas seu desenvolvimento poderá mostrar caminhos para construir a realização pessoal e profissional.
O primeiro passo é transformar sonhos em metas. Planeje o que quer, projetando sua vida daqui dois a cinco anos. Pense nos campos espiritual, social, familiar, acadêmico e profissional. Procure ser objetivo e claro nessa análise
O segundo passo é realizar uma avaliação sincera de todas as condições que o cercam e definir quais são as ameaças (circunstâncias externas que podem prejudicar o cumprimento das metas) e oportunidades (circunstâncias externas que podem facilitar o alcance das metas)
O terceiro passo é fazer um autodiagnóstico, aqui você deverá analisar suas forças, isto é habilidades e aptidões pessoais que podem facilitar o cumprimento das metas e as fraquezas, características pessoais que podem prejudicar o alcance das metas.
Antes de seguir em frente faça uma reflexão de como potencializar os aspectos pessoais e ambientais que considera positivos. Esse capital, pessoal e social, pode ser uma importante moeda de troca importante para as oportunidades do futuro.
Segundo Peter Drucker, guru da moderna administração, nós deveríamos nos focar em nossas forças e aumentá-las cada vez mais, ao invés de tentar acabar com as nossas fraquezas. Será? Pode ser, mas não custa ter consciência das ameaças e fraquezas, pelo menos para saber se são reais ou apenas fantasmas da sua cabeça. Aproveite para avaliar como anda sua auto-estima e a autosegurança para lidar com as dificuldades normais da vida!
O quarto passo é um plano de ação nele procure detalhar as ações que, pouco a pouco, construirão o Futuro. Comece com metas pequenas, realistas, mas ao mesmo tempo desafiadoras.
Se você acha que o futuro pode esperar, pense onde estava ou o que estava fazendo na última copa do mundo , e verá como o tempo passou rápido!

domingo, 2 de maio de 2010

AUTOCONHECIMENTO TEM A VER COM CARREIRA PROFISSIONAL?

Mesmo que a resposta pareça óbvia, vale a pena analisar como essa questão se aplica no dia a dia de trabalho.
Desenvolver ou não o autoconhecimento reflete nas relações profissionais e na forma como cada um encara as oportunidades. Quando um profissional recebe uma crítica de seu chefe pode reagir de duas formas: a) aquele que se conhece pouco reage de forma negativa, ficando agressivo ou até depressivo, porque tem dificuldade de encarar a realidade;b) aquele que procura se conhecer bem, entende que está sendo questionado na sua forma de realizar o trabalho e não na sua forma de ser .

Quem procura se conhecer com profundidade, precisa saber as origens das suas crenças, sentimentos e forma de reagir, analisando se vale a pena manter aquela conduta. Por exemplo, pais muito críticos costumam educar seus filhos de modo que eles se tornam adultos preocupados em agradar aos outros e, portanto, com medo de errar ou de ser julgado. Ou ainda, a rebeldia de pensamento ou de percepção do mundo normal na juventude, pode ser sentido por alguns pais como ingratidão ou desamor, fazendo com que o jovem aprenda a desistir de pensar por conta própria para manter os laços afetivos.

Dar início ao processo de autoconhecimento é a etapa mais difícil. Isso porque exige que o profissional deixe de lado as queixas e desculpas que tem usado como escudo e siga em busca da solução para suas dificuldades. Alguns conseguem fazer sua auto-análise por meio de informações adquiridas em livros, ou pela troca de experiências em conversas informais. Outros acham melhor procurar um profissional especializado que possa dar foco e agilizar esse ganho.

O conhecimento sobre si mesmo é um processo que não tem fim. Não vale fazer essa reflexão uma vez só na vida, quando se encontra em uma situação de crise como, por exemplo, um momento em que precisamos nos recolocar no mercado de trabalho. Os desafios profissionais mudam com o tempo e podemos ser pegos desprevenidos, se deixarmos de lado aspectos do autoconhecimento, que até então não tinham sido explorados.

A auto-análise deve ser uma constante na vida de quem deseja ter equilíbrio emocional, na vida pessoal e profissional. Vai aqui uma dica: sentimentos como preguiça, irritação e incômodo frente a determinadas escolhas ou situações podem ser indícios de que algo não vai bem. Ou melhor, sinais de que você está lidando com um fato que está provocando em você sentimentos sobre os quais não tem clareza. Hora de parar e refletir, sem medo de encarar, sobre o que se esconde dentro de nós.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Você se contrataria para o cargo desejado ?

Essa pergunta é provocativa e pretendo com esse ensaio ajudar os profissionais que estão buscando uma recolocação no mercado de trabalho a refletirem sobre sua realidade.
Vamos imaginar a seguinte cena:
Você empregado e tendo a responsabilidade de contratar um profissional para ocupar uma vaga na empresa. Como todo bom selecionador você quer identificar um candidato nota cem que tenha o conhecimento técnico desejado, saiba trabalhar em grupo e possa agregar valor à empresa.
Como na maioria dos casos aparecem vários candidatos e entre eles, alguém com um perfil profissional e pessoal como o seu.Todos têm chances e todos procuram uma oportunidade para mostrar suas competências.
Como selecionador de pessoal o seu desafio nesse momento é mostrar para a empresa que você é capaz de selecionar alguém que realmente poderá fazer a diferença;
E então? Você respondeu que sim à pergunta do título? Vamos ver! Se respondeu sim sem titubear, podemos ir por dois caminhos de reflexão: o primeiro é o da sinceridade pois realmente você acha que está pronto para o cargo e nesse caso, você deve se perguntar se está se comunicando com eficiência sobre suas potencialidades e desempenho. Pessoas tímidas ou inseguras no contato pessoal poderão estar tendo dificuldade para o marketing pessoal e aí o problema não é profissional , mas de atitude. O segundo caminho é o da imaturidade, porque pensa que o mundo deve passar a mão na sua cabeça ou ainda, porque desconhece de fato como o mercado de trabalho vem se comportando.
Se você respondeu que sim, mas demorou um pouco é porque sabe que algumas coisas não estão ok.
Se respondeu que não, não se assuste com sua sinceridade pois ela será o primeiro passo para rever algumas questões sérias e decisivas para o sucesso profissional.: Nesses dois casos, pare para refletir! A questão é mapear onde estão as dificuldades: na auto imagem ou auto-conceito, ou melhor, dizendo, na auto estima? Na dificuldade de vender seu peixe, ou seja, falta-lhe autoconfiança? Na experiência, ou seja, na falta dela? Você precisa desenvolver habilidades específicas como o domínio de um outro idioma ou de um sistema computacional específico?
O que quer que seja, não pode é ser uma desculpa para paralisar a ação ou pior, se colocar no papel de vítima.
Durante um processo de seleção, procure se colocar no lugar do selecionador e usar as estratégias que você tem usado quando quer conseguir algo muito importante!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Generosidade e egoísmo no ambiente de trabalho

Recentemente li um livro do psicanalista Flavio Gikovate, no qual ele mostra como, nos relacionamentos afetivos, pessoas egoístas e generosas se completam. Isso porque os egoístas precisam se sentir o centro das atenções do outro o tempo todo e os generosos, por sua vez, precisam se doar sistematicamente para se sentirem bem. Assim, inconscientemente um alimenta a necessidade do outro, mas nem sempre de forma construtiva.
Fiquei pensando se o mesmo não ocorre nas relações de trabalho. Tendo a acreditar que sim e, nesse caso, não apenas pelas contingências psicológicas, mas também por questões de sobrevivência profissional.
Trabalhar com chefia egoísta provoca um desgaste emocional muito grande. São oito ou até dez horas por dia cuidando da vaidade e da prepotência do outro. Um chefe egoísta estimula a dependência, sufoca a auto-estima e é intolerante com os erros e as dúvidas. Cobra, mas não reconhece. Sabe, mas não compartilha. Consequentemente, o funcionário sente-se explorado e muitas vezes responde com sentimentos de deslealdade e descompromisso em relação à empresa, perdendo a alegria com o trabalho realizado. A atitude egoísta cria um círculo vicioso: dependência, erro, crítica, sentimento de menos valia, dependência e por aí afora.
Por outro lado, a chefia generosa estimula a autonomia, a proatividade e a aprendizagem. O funcionário sente-se grato pelos estímulos que recebe para o desenvolvimento profissional. A relação profissional é construída em cima da admiração,interdependência e respeito. Em um ambiente generoso aprendemos a cooperar, a ter jogo de cintura e a pensar na realidade dos outros.
No mundo corporativo, ainda se percebe uma concepção errônea sobre essas duas formas de atitude gerencial. O egoísmo é de certa forma, mais valorizado porque é percebido como o estilo ideal para lidarmos com a competição e as pressões do ambiente profissional. A generosidade, por sua vez, é vista por algumas chefias e empresas como falta de pulso firme ou até mesmo como subserviência ao outro ou à equipe.
Para quem está começando a carreira profissional vai aqui uma dica: Fique atento! Na hora de escolher a empresa onde estagiar ou trabalhar é importante pesquisar não apenas sobre o tangível – função, salário e benefícios, mas também sobre o intangível, ou seja com que valores você será conduzido.
Se você já está no mercado de trabalho há mais tempo, reflita sobre as suas atitudes e as de seus gestores. Desânimo e frustração podem estar vindo da convivência diária com um sanguessuga. É hora de rever como se tem lidado com essa realidade.
Se nas relações profissionais houver um predomínio de atitudes generosas, poderemos acreditar, como diz Gikovate, em um uma história profissional com o final feliz. Se não, é melhor deixar a porta aberta...... e na primeira oportunidade, começar a escrever outra história.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Competência feminina

As notícias nos jornais de circulação nacional, nesse último final de semana, são a melhor comemoração do Dia Internacional da Mulher.
" cresce o número de mulheres na construção civil"
" mulheres representam 70% na decisão de compra de automóveis "
" Aumenta o poder de consumo feminino"
Aos poucos vamos melhorando nossos índices de qualidade de vida e participação social e, o mais importante, sem abrir mão de coisas essenciais, como cuidar da nossa casa e dos filhos.
Desejo que cada um de nós, homens ou mulheres, aproveite o dia de hoje para pensar o que tem feito para fazer do mundo um lugar melhor para se viver e das relações interpessoais, uma oportunidade para aprender a conviver e ser tolerante com as diferenças individuais. Só assim, poderemos realmente comemorar, esses e outros dias da mulher.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sobrevivência na Selva? Não, apenas no mercado de trabalho

Você já pensou em fazer um curso para aprender técnicas de sobrevivência na selva?
Aprender aguçar os sentidos, descobrir novas possibilidades e ter autoconfiança para sair de situações de perigo ? Você sabe que algumas empresas estão usando esse recurso para ensinar seus funcionários como se comportar no dia a dia de trabalho? O que está acontecendo?
A maioria das pessoas está atônita e sente-se como se estivessem literalmente afundando num emaranhado das mudanças e dos novos desafios profissionais. Portanto, falar em sentimento de sobrevivência pode não ser exagero.
A insegurança e o medo estão mexendo tanto com profissionais experientes que voltam a disputar uma vaga no mercado de trabalho, quanto com jovens profissionais que lutam para conseguir a primeira colocação.
A competitividade global tem desenhado novas estruturas organizacionais: fusões, aquisições, privatizações e internacionalização apontam para novas necessidades no ambiente profissional e, portanto, para novas relações de trabalho.(Veja se não é isso que estamos vivendo atualmente no Brasil!)
Sobrevivência relaciona-se a grandes desafios externos para poucas capacidades internas. Algumas pessoas frente a realidade não conseguem sair do lugar, ficam andando em círculos, indo aos mesmos lugares, procurando as mesmas pessoas, fazendo as mesmas queixas e esperando por um milagre.
Felizmente, para outras muitas pessoas esses desafios tornam-se o trampolim para grandes descobertas pessoais e, consequentemente para o resgate ou construção de novas competências.
Sobreviver do latim “supervivere” tem no senso comum o sentido de escapar, resistir mais ao pé da letra tem o sentido de superar viver uma vida super (mais e melhor) porque acredita e conta consigo mesmo.
Atividades como subir em árvores, pular de alturas com até 9 metros, fazer rapel atravessar desfiladeiros preso a um cabo de aço, provocam lágrimas e tremedeiras mostrando o limite que cada um impôs a si mesmo. Por isso, a prática de exercícios radicais pode ser um caminho para descobertas de novas possibilidades. O impossível quase sempre está mais na cabeça das pessoas que na realidade.
Sobreviver no mercado de trabalho significa estar sempre se superando, crescendo e desenvolvendo novas formas de pensar, perceber, agir, sentir e aprender.
É também aprender a usar os recursos de que dispomos, mesmo que sejam poucos!
É descobrir os medos que nos impedem ou os bloqueios que nos paralisam!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

DESLIGUE O PILOTO AUTOMÁTICO E VIVA COM EMOÇÃO

Muitas pessoas têm preferido apertar o piloto automático e abrir mão das emoções - medo, alegria, tristeza, desapontamento, surpresa e outras - que permeiam as relações interpessoais.
Se a carapuça serviu, é bom parar e refletir se vale a pena tocar a vida dessa forma.
Reações como desânimo absoluto no domingo à noite ao pensar na segunda-feira, passar a semana contando os minutos que faltam para a sexta-feira, descrença nas propostas de mudança no trabalho, baixo investimento no autodesenvolvimento, sensação constante de cansaço e mau humor são indícios entre outros de que o piloto automático está em ação.
Ao optar por essa forma de viver as pessoas pensam que estão se resguardando do sofrimento e da dor. Puro engano!Quem liga o piloto automático para dar conta de cumprir sua rotina pessoal e profissional além de evitar as frustrações, na verdade, vai apenas se desgastando e adiando uma decisão que virá ou por bem ou por mal.
Diferentes fatores podem levar uma pessoa a se comportar como um robô tanto na universidade quanto no ambiente de trabalho.Mas, a maioria desses motivos é fruto de conflitos internos ou de incompatibilidade entre as próprias expectativas e valores e a realidade vivida.
Muitos alunos vivenciam um conflito em relação ao curso por que percebem um abismo entre o que fazem e o que gostariam de estar fazendo. O mesmo ocorre com profissionais com menor ou maior tempo no mercado. A atividade profissional não condiz com seus valores internos e por isso, sentem-se pressionados.
Para quem se percebe nessa situação um caminho é olhar mais fundo para dentro de si e descobrir alternativas. Pode ser um curso ou uma carreira paralela ( conheço um advogado de renome que é também pianista, tocando em bares e festas) ou pode ser a realização de uma atividade social ou filantrópica, ou ainda encarar de frente a área de interesse. O importante é descobrir um jeito de combinar o que deve ser feito com aquilo que se quer fazer. Assim, a pessoa atende suas aspirações pessoais, sai do tédio e resgata seu entusiasmo pela vida.
Para outros, o conflito parece ser externo, ligado diretamente ao ambiente e às pessoas com quem convivemos: pais, irmãos, colegas, professores, chefias entre outros. O sentimento é de que o outro não entende e não ajuda a sair do impasse. Aqui o caminho é assumir a responsabilidade no relacionamento. Isso quer dizer ser capaz de exprimir seus sentimentos com as pessoas certas, conviver e aprender com as diferenças individuais, tirar o dedo do botão da raiva e aprender perdoar, ser mais tolerante consigo mesmo e com os outros, saber lutar pelo que acha importante.
O automatismo cria um sentimento ilusório de estabilidade e proteção isso porque, na verdade, estimula a inércia e a acomodação. Em tempos de mudança esse comportamento pode ser muito prejudicial tanto para seu trabalho quanto para sua vida pessoal.
Penso que o melhor é desligar o piloto automático e por emoção na suas atividades ou de formação ou de trabalho. Aos poucos você verá que seus amigos e sua família vão agradeceressa mudança. Elas, provavelmente, mesmo sem dizer nada, não estão agüentando mais conviver com seu desânimo, suas queixas e sua falta de garra para fazer as mudanças necessárias na sua vida! Mãos a obra!

domingo, 31 de janeiro de 2010

A oportunidade está dentro da gente mesmo

Gostaria, inicialmente, lembrar daquela estória do sujeito que tinha pavor de andar de avião, e que por insistência dos amigos e da família tomou coragem e foi. Mas quando tomou ciência de que estava viajando por cima das nuvens, não conseguiu controlar sua ansiedade e angústia, chamou a aeromoça e muito sério disse: - pede para parar que eu quero descer!
Algumas pessoas sentem o mesmo frente aos processos de mudança que vem ocorrendo no mercado de trabalho. Sentem-se assim porque acham que não estão prontas para enfrentar a realidade. É normal sentir-se assim quando ainda precisamos enfrentar muitos desafios para encontrar nosso caminho seja porque estamos começando ou seja porque queremos dar uma reviravolta na nossa vida profissional.
Mudanças sempre provocam ansiedade, angústia e medo porque saímos do conforto da realidade conhecida para uma outra ainda nova e com a qual teremos que aprender a lidar.
Certamente você já ouviu falar que estamos saindo do Mundo do emprego e evoluindo para o Mundo do Trabalho.
O primeiro podia ser caracterizado por salários definidos, repouso remunerado, férias e décimo terceiro salário, jornada fixa de trabalho, estabilidade e aposentadoria. Nele a segurança profissional estava na competência e oportunidade da empresa e não no próprio desempenho pessoal. A obediência valia mais do que a competência.
Essa segurança fora de si poderia parecer para muitos o mais seguro, principalmente, quando se esquece a frustração e conflito interno advindos da rotina, da falta de autonomia e de perspectiva quando se está ligado a um trabalho ou empresa com a qual não nos identificamos.
O mundo do trabalho é diferente, cada um é responsável pela sua carreira. A segurança profissional desloca-se para a própria pessoa e baseia-se, essencialmente, no autoconhecimento, na capacidade de criar oportunidades e de enfrentar o imprevisível, isto é, em habilidades, atitudes e conhecimentos.
O mundo do trabalho, sem dúvida, exige muito mais de cada um: atualização constante, descobrimento e desenvolvimento de novas potencialidades, capacidade para formar parcerias e, principalmente, pró-atividade.
Essas são sem dúvida características de pessoas empreendedoras Não dá mais para ficar esperando as coisas acontecerem é preciso agir, buscar, correr atrás e construir a sua realidade, o seu trabalho. Os profissionais que estão conseguindo transitar de um mundo para outro, não têm do que se queixar. Estão descobrindo o prazer do trabalho motivado, a alegria de ser dono da sua própria vida e de ter a possibilidade de estar sempre descobrindo novas possibilidades.
Uma vez, escutei de um empresário um desabafo pessoal com as seguintes palavras: - empresário só não pede demissão, pelo menos umas duas vezes por semana, por que não tem para quem pedir.
No mundo do trabalho a oportunidade vem de mãos dadas com o empreendedorismo. Nessa atitude o que não falta é garra, paixão e tolerância, ingredientes de quem quer ter controle sobre a própria carreira.
Não adianta fugir da realidade: o mundo do trabalho já chegou e não escolheu quem vai participar dele. Envolveu a todos: você que está buscando a primeira oportunidade, ou você, profissional mais maduro que está se vendo forçado a encarar novas possibilidades.Aqui, como na estória do avião, não adianta pedir para parar e descer. É preciso sim, e muito, investir em você: numa vida física e emocionalmente saudável, num plano de metas profissional e, principalmente, na realização dos sonhos.
Você está pronto para essa viagem? Ou prefere perder o trem da história?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Como fazer um 2010 diferente?

Antes de pernsarmos no futuro, que tal responder a uma pergunta simples: Você é feliz?

Se você respondeu que sim, procure identificar o que vem provocando esse sentimento. São coisas internas, como acreditar na sua capacidade, ou coisas externas como ter conseguido um bom trabalho? Em geral, a felicidade está colocada no ambiente externo e dessa forma, ficamos susceptíveis de perdê-la, pois não podemos controlar o que está à nossa volta.
Se respondeu que não, aja da mesma forma, pois a felicidade não é um estado de espírito fixo e duradouro, portanto esse sentimento pode ser mudado.
Essa simples pergunta nos leva a compreender que para crescermos como pessoa ou profissional é importante aprender a ter autocrítica, isto é ficar atendo às nossas potencialidades e fraquezas.
Para começar proponho um exercício nesse sentido: que tal ouvir, mas ouvir de verdade, o que as pessoas ao seu redor estão dizendo. Ouvir de verdade é ouvir sem querer justificar, sem uma conduta defensiva, sem julgamentos! Pessoas próximas constumam falar coisas que não gostamos de ouvir. Coisas do tipo: não vejo seu esforço para conseguir melhorar, ou está difícil conviver com esse mau humor, ou ainda.. você tem sido muito egoísta....
Ouvir críticas e pensar sobre elas é um exercício difícil! Mas fundamental para quem quer mudar e mais... ser feliz! Dá próxima vez que receber uma crítica, de forma humilde, procure refletir sobre o que fazer para acabar com essa impressão negativa! Para fazer um 2010 diferente, o desafio é aprender a pensar sobre si mesmo: o que te faz feliz ou não, em que precisa melhorar, tem sido boa a forma como lida com as frustraçôes?
Pensar não dói,apesar de que muitas pessoas acaharem que sim.
E pensar sobre sua vida, seu futuro e sua felicidade será agora, breve ou daqui a alguns anos, mas em algum momento, certamente, essas questões farão parte da sua vida.
Então, por que não começar o treino já?