quarta-feira, 21 de março de 2012

Até quando o que conta é a sorte?



Muitas pessoas acreditam que ter ou não sorte é o que determina o sucesso ou fracasso profissional.
Claro, as que pensam assim consideram-se injustiçadas pela vida e colocam toda a culpa do que lhes acontece fora de si, isto é, no ambiente: a chefia que não lhe dá valor, os colegas que não reconhecem seu esforço, a empresa que não dá oportunidade de crescimento, a profissão que é pouco reconhecida, o mercado que está saturado, etc.
São pessoas que por motivos diversos não conseguem se apropriar da própria vida e usam justificativas, como ter sorte ou azar.
Outros profissionais, pelo contrário, vão devagar construindo seu caminho e atingindo seus objetivos. Sabem que escolhas e renúncias fazem parte da vida profissional, mas que uma vez feita determinada escolha, tem que se comprometer com ela e assumi-la como prioridade.
Posturas diferentes são determinadas por atributos específicos de personalidade e um deles é o que chamamos de centro de controle, ou seja, a percepção que cada um tem sobre a fonte de seu destino. Podemos dizer que existem dois tipos de centro de controle: o interno e o externo.
Profissionais com o centro de controle externo são aqueles descritos no início dessa reflexão. Como colocam no ambiente o centro de controle de suas vidas, sentem-se menos donos do seu nariz. Com isso, comprometem-se menos com o trabalho, investem menos no seu aperfeiçoamento profissional e, fazem escolhas pensando apenas do ponto vista financeiro. Como se sentem injustiçados abrem mão de valores e convicções pessoais e agem para diminuir as perdas e frustrações que a “vida” lhes proporcionou, e não eles mesmos.
Assim, entram em um círculo vicioso difícil de quebrar. Escolhas inadequadas e restritas que não levam à satisfação pessoal, insatisfação que reforça a idéia da perda. Vivem a constante sensação de que tudo dá errado para eles. Daí o sentimento de “azar” como pano de fundo da vida profissional deles e de “sorte” para a dos outros.
Quem tem o centro de controle interno, por outro lado, sente-se dono do próprio destino. Relaciona as conquistas profissionais com posturas pessoais, cuida da sua saúde, busca informações antes de tomar decisões, procura agir e modificar o ambiente. Tem iniciativa e principalmente, liberdade de escolher. Sabe que toda escolha envolve riscos e está disposto a corrê-los.
Para eles os acontecimentos são vistos como oportunidades ou não, de acordo com suas expectativas e planejamento de vida. Reconhecem os acertos e conseguem perceber no erro, a oportunidade de aprender ou rever algum conceito pessoal.
A evidência mostra que quem acredita que é capaz de influenciar no que lhe acontece ou nos resultados alcançados acredita que a sorte está do seu lado, pelo contrário o azar está sempre por perto de quem se vê à mercê da maré.Sorte ou azar na carreira profissional, dependem mais de atitudes pessoais do que das magias que cercam a vida.