quarta-feira, 11 de maio de 2016

Quem é o louco?

Ao ler a Revista Exame de 16 de março passado, me deparei com uma informação que me fez pirar!
Em uma reportagem sobre tendências me foi apresentado um cidadão americano chamado Peter Diamandis que, entre outas atividades profissionais, é cofundador de uma empresa para exploração de minérios em asteróides.
Como assim, pensei eu, explorar minérios em asteroides? Li outra vez para me certificar de que eu não estava lendo errado e me perguntei: Será que esse cara é louco?
Depois, constatando que ele faz parte do time da nova geração de pensadores de negócios apontados pela Revista, pensei que quem deve estar louca sou eu de não perceber ou não conseguir pensar fora da camisa de força chamada realidade atual ou ainda, pensar dentro de um paradigma.
 Mesmo que todos os dias a gente conviva com mudanças é como se a cabeça da gente não dessa conta de processar tudo o que está acontecendo.
Está aí o Uber, Wathup, Airbnb desafiando negócios tradicionais que reagem querendo resolver a possibilidade da inovação ou criando impostos ou simplesmente pedindo a proibição de serviços, que têm se mostrados mais eficientes que os anteriores, e conquistam milhares de usuários pelo mundo afora.
Confesso   que para minha cabeça está difícil processar as ideias do Sr.  Peter Diamandis que diz que a tecnologia   permitirá um salto nos próximos 20 anos maior do que o dos últimos 200 anos. O que significa isso de fato? Em que aspectos da vida essas mudanças serão mais perceptivas?
O desconhecido desperta    sentimentos contraditórios:  curiosidade, medo, euforia e angústia. Ele mexe com nossos arquivos internos   onde estão guardadas   experiências, história de vida e aprendizagens. “Explorar minério em asteróides” cria uma dissonância cognitiva entre a possibilidade que se apresenta e meus arquivos pessoais.  O externo e o interno   de imediato não se complementam, pelo contrário, se contrapõem.  Daí   a primeira reação é achar que o outro está louco.
 A evolução e a mudança de paradigmas assustam. Em um primeiro momento porque quebram a segurança e a previsibilidade que são necessidades humanas. Mudar dói psicologicamente, pois   nos tira da zona de conforto.  Mas sem a inovação não teríamos a eletricidade, a internet, o avião, a cura de tantas doenças   e, tudo mais que caracteriza o progresso.
Portanto, se no seu dia a dia de trabalho você tem achado que algumas propostas e ideias são coisas de louco, para e pense se essa reação não tem sido igual a minha ao ler a reportagem da Exame. 
Para não querer ser vista como louca, achei melhor aceitar que o futuro será assim.  Menos mal para nós, que vivemos nas minas gerias, já que nossos minérios estarão preservados (isto é, se sobrar algum até lá).  E, os asteróides que se cuidem[MHG1] , pois   sabemos o que acontece com o meio ambiente junto com o progresso.  Esse artigo, na verdade, está dando é um nó na minha cabeça!

 [MHG1]