Ao ler a Revista Exame de 16 de março passado, me deparei
com uma informação que me fez pirar!
Como assim, pensei eu, explorar
minérios em asteroides? Li outra vez para me certificar de que eu não estava
lendo errado e me perguntei: Será que esse cara é louco?
Depois, constatando que ele faz
parte do time da nova geração de pensadores de negócios apontados pela Revista,
pensei que quem deve estar louca sou eu de não perceber ou não conseguir pensar
fora da camisa de força chamada realidade atual ou ainda, pensar dentro de um
paradigma.
Mesmo que todos os dias a gente conviva com
mudanças é como se a cabeça da gente não dessa conta de processar tudo o que
está acontecendo.
Está aí o Uber, Wathup, Airbnb desafiando negócios tradicionais que reagem querendo
resolver a possibilidade da inovação ou criando impostos ou simplesmente
pedindo a proibição de serviços, que têm se mostrados mais eficientes que os anteriores,
e conquistam milhares de usuários pelo mundo afora.
Confesso que para minha cabeça está difícil processar
as ideias do Sr. Peter Diamandis que diz
que a tecnologia permitirá um salto nos
próximos 20 anos maior do que o dos últimos 200 anos. O que significa isso de
fato? Em que aspectos da vida essas mudanças serão mais perceptivas?
O desconhecido desperta sentimentos contraditórios: curiosidade, medo, euforia e angústia. Ele
mexe com nossos arquivos internos onde
estão guardadas experiências, história
de vida e aprendizagens. “Explorar minério em asteróides” cria uma dissonância
cognitiva entre a possibilidade que se apresenta e meus arquivos pessoais. O externo e o interno de imediato não se complementam, pelo
contrário, se contrapõem. Daí a primeira reação é achar que o outro está
louco.
A evolução e a mudança de paradigmas assustam.
Em um primeiro momento porque quebram a segurança e a previsibilidade que são necessidades
humanas. Mudar dói psicologicamente, pois
nos tira da zona de conforto. Mas
sem a inovação não teríamos a eletricidade, a internet, o avião, a cura de
tantas doenças e, tudo mais que
caracteriza o progresso.
Portanto, se no seu dia a dia de
trabalho você tem achado que algumas propostas e ideias são coisas de louco,
para e pense se essa reação não tem sido igual a minha ao ler a reportagem da
Exame.
Para não querer ser vista como louca,
achei melhor aceitar que o futuro será assim.
Menos mal para nós, que vivemos nas minas gerias, já que nossos minérios
estarão preservados (isto é, se sobrar algum até lá). E, os asteróides que se cuidem[MHG1] , pois
sabemos o que acontece com o meio
ambiente junto com o progresso. Esse
artigo, na verdade, está dando é um nó na minha cabeça!