sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O individual e o coletivo

Na Olimpíada que  recentemente acabou  acompanhamos a trajetória de alguns   brasileiros   que se  destacaram individualmente em categorias  esportivas  nem tão prestigiadas pelo governo e pela sociedade, enquanto em outras coletivas  o resultado não foi o esperado.
Que lições podemos tirar dessa   experiência para compreender alguns imprevistos que acontecem na carreira profissional?
 
1)      O sucesso passado não garante o sucesso  atual
A renovação constate  de  valores, expectativas  e  possibilidades faz  parte da vida.  O mercado de trabalho está cada dia mais competitivo e nesse sentido  todos os concorrentes estão  se esforçando para chegar ao topo. O investimento no aprimoramento profissional deve ser constante.

2)      Em alguns  momentos  o desempenho individual  faz a diferença
Há certo exagero  na valorização  do trabalho  em grupo em detrimento do trabalho individual. Isso faz com que alguns profissionais idealizem o seu grupo  achando que  focar  em seu desenvolvimento  é ser  egocêntrico. Mas, em muitos  momentos é preciso  focar  em si mesmo independentemente do grupo.  É preciso  saber que  o  outro    vai ajudar quando  for do interesse dele, portanto foque  nos seus objetivos e caminhe para alcança-los.

3)      Nem todo  time ou equipe   funciona de forma coletiva
 Compartilhar vai além de “dividir bolas ou passes”. O desafio  que se coloca é  conhecer com quem se está “jogando”. Tem pessoas que fingem que estão  passando a bola  quando na verdade estão  é querendo  se ver livre de um problema  ou  responsabilidade. Confiança  não  é algo que  se constrói de um dia para outro e mais,  as pessoas têm ritmos  e desejos diferentes.

4)      A todo o momento  podemos aprender  com  o erro
Desenvolvimento profissional certamente passará por escolhas erradas, por investir em furadas, por confiar  em pessoas  inadequadas.  Não somos adivinhos e por mais que  seja possível planejar, tentar prever e cercar dificuldades muitas vezes seremos pegos pelo imprevisível   positivo  ou negativo. Ficar justificando o erro traz  alívio  imediato, mas encará-lo leva á aprendizagem e à mudança de  comportamento

5)      Todo impasse deve levar a  um momento de reflexão
De que vale qualquer experiência vivida  se  não  levar a um momento de autocrítica  e de revisão de rota! Algumas conquistas   estão mais relacionadas ao  autocontrole do que  à  capacitação  ou competências. Muitos profissionais  investem  muito em  MBA e outras habilidades técnicas,  mas esquecem de  trabalhar  suas limitações pessoais.

Por fim,  vale lembrar que  o resultado  é o fruto que colhemos  de ações plantadas ao longo do caminho e que naturalmente se multiplicam. Os colegas, chefias, amigos, e família podem facilitar ou dificultar  mas, é carreira  é um processo individual que  se reflete no coletivo. 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Precisar é uma coisa querer é outra!

A vida está sempre nos colocando frente a encruzilhadas: devo, mas não quero; quero, mas não posso; e posso, mas não devo e por aí vai. Nessas situações temos que encarar nossos sentimentos, valores, expectativas, desejos e aprendizagens mesmo que isso nos incomode. Na carreira profissional nos deparamos com essas escolhas, como um dilema, constantemente. Concurso público? Estabilidade por um lado e falta de autonomia por outro. Trabalhar em uma mega empresa? Possibilidade de crescimento, sim, mas pode ser em um tempo muito longo e depois de muita disputa. Montar o próprio negócio? Significa liberdade e conquista pessoal e também muito trabalho, dedicação e insegurança. Trabalhar em uma pequena empresa? Aprendizagens e desafios constantes, mas também excesso de trabalho, acúmulo de função e, remuneração aquém do desejado. Profissional liberal? Sozinho? Em parceria com colegas? Compartilhar custos, dividir espaços pode também levar á necessidade de conviver com as diferenças individuais que vão se revelando com a convivência. As possibilidades são infinitas, cada uma com seus prós e contras. Um problema é que tendemos a enxergar algumas escolhas profissionais como definitivas, sem ter clareza de que as mudanças fazem parte da vida, e que experimentar realidades diferentes ajuda no amadurecimento e crescimento. Oportunidades novas estão constantemente indo e vindo. Muitas vezes, o que foi planejado vai dar uma guinada de trezentos e sessenta graus. Outro problema é que vivemos a era do hedonismo, ou seja, só vale o prazer e preferencialmente imediato. Os profissionais da chamada geração Y, de uma forma geral, não estão querendo construir sua carreira. Como se diz, estão querendo mesmo é achar pronto. Entrar em uma loja e comprar felicidade, sucesso, reconhecimento, valorização e capacitação. Essa miopia faz que com que muitos nem tentem alcançar o que realmente querem. Optam pelo mais fácil ou pelo mais rápido, claro pagando um preço por essa escolha, sem perceber que a insatisfação ou a dor podem ser temporárias, mas abrir mão da carreira, ou do que realmente queremos, muita vezes é para sempre.