sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Precisar é uma coisa querer é outra!

A vida está sempre nos colocando frente a encruzilhadas: devo, mas não quero; quero, mas não posso; e posso, mas não devo e por aí vai. Nessas situações temos que encarar nossos sentimentos, valores, expectativas, desejos e aprendizagens mesmo que isso nos incomode. Na carreira profissional nos deparamos com essas escolhas, como um dilema, constantemente. Concurso público? Estabilidade por um lado e falta de autonomia por outro. Trabalhar em uma mega empresa? Possibilidade de crescimento, sim, mas pode ser em um tempo muito longo e depois de muita disputa. Montar o próprio negócio? Significa liberdade e conquista pessoal e também muito trabalho, dedicação e insegurança. Trabalhar em uma pequena empresa? Aprendizagens e desafios constantes, mas também excesso de trabalho, acúmulo de função e, remuneração aquém do desejado. Profissional liberal? Sozinho? Em parceria com colegas? Compartilhar custos, dividir espaços pode também levar á necessidade de conviver com as diferenças individuais que vão se revelando com a convivência. As possibilidades são infinitas, cada uma com seus prós e contras. Um problema é que tendemos a enxergar algumas escolhas profissionais como definitivas, sem ter clareza de que as mudanças fazem parte da vida, e que experimentar realidades diferentes ajuda no amadurecimento e crescimento. Oportunidades novas estão constantemente indo e vindo. Muitas vezes, o que foi planejado vai dar uma guinada de trezentos e sessenta graus. Outro problema é que vivemos a era do hedonismo, ou seja, só vale o prazer e preferencialmente imediato. Os profissionais da chamada geração Y, de uma forma geral, não estão querendo construir sua carreira. Como se diz, estão querendo mesmo é achar pronto. Entrar em uma loja e comprar felicidade, sucesso, reconhecimento, valorização e capacitação. Essa miopia faz que com que muitos nem tentem alcançar o que realmente querem. Optam pelo mais fácil ou pelo mais rápido, claro pagando um preço por essa escolha, sem perceber que a insatisfação ou a dor podem ser temporárias, mas abrir mão da carreira, ou do que realmente queremos, muita vezes é para sempre.

10 comentários:

  1. Ana Luiza de Carvalho Lima7 de agosto de 2012 às 14:04

    Maria Helena, sempre muito sábias suas palavras. beijos

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  2. Claudio Luiz Lopes de Oliveira8 de agosto de 2012 às 05:20

    Simples e Brilhante. Parabéns

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    1. Obrigada Claudio... assim vou ajudando algumas pessoas a pensarem a carreira!!

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  3. Muito bom! todos os seus artigos abordam temas bastante interessantes no campo do trabalho. Parabens, grande abraço

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    1. Obrigada!!! Faz parte de nosso papel social passar um pouco de nossa experiência ...

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  4. Muito interessante a capacidade da Maria Helena de se colocar no lugar das pessoas.Uma pessoa extremamente observadora!!!Parabéns por esse trabalho!!

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    1. São anos de treino.... e é um ahabilidade de todo profissional deve se preocupar em desenvolver!!!

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  5. Gosto de ler textos provocadores, obrigado!

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    1. Que bom... assim tenho certeza que vai refletindo sobre vc mesmo!!!

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