segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Você é profissional ou apenas “mexe com”

Algumas pessoas quando questionadas sobre sua vida profissional, respondem de quase de forma casual: eu mexo com.... consultoria, restaurante ou... informática. Aqui, menos importa o segmento do mercado e mais a forma como se encara a identidade profissional.
“Mexer com” mostra um sentido de transitoriedade, de superficialidade e de pouca identificação entre o sujeito e as atividades que realiza. Quem “mexe com” tem visão de curto prazo, foca o presente e não se preocupa em investir na melhoria do seu negócio, e muito menos, no seu desempenho. Não tem consciência do peso que uma imagem negativa tem sobre a carreira profissional.
Numa época de transformações no mercado de trabalho como a atual, profissionais têm deixado de priorizar a segurança e a estabilidade, arriscando em novas atividades. Essa passagem do emprego para a autonomia deve ser cuidadosamente planejada para não se cair na armadilha da superficialidade.
Se a nova atividade não for assumida como um caminho para o futuro, a postura dominante será a de “mexer com”. Dessa forma, as possibilidades de que o novo negócio não se concretize são grandes. Vemos a toda hora, negócios sendo abertos e fechados e profissionais se sentindo extremamente frustrados, por mais uma experiência profissional mal sucedida, sem perceber que o problema não está no mercado, mas na própria forma de encarar a vida profissional.
Quem “mexe com” desiste frente ao primeiro obstáculo, está sempre de olho no negócio do vizinho, e não consegue perceber e criar oportunidades para fortalecimento do seu negócio. Não tem compromisso consigo mesmo e, muito menos, com o cliente. É como se raciocinasse consigo mesmo: do mesmo jeito que comecei a mexer com isso, posso mexer com outra coisa. Os clientes que fazem negócios com esse tipo de profissional ou empresa, normalmente, perdem tempo e dinheiro. Mas, quem sai realmente prejudicado é o profissional, que se expõe negativamente.
Ser e se colocar com profissionalismo é muito diferente. Não tem apenas a ver com cargos, titulação ou forma de estabelecer relações de trabalho. Refere-se à atitudes em relação a si mesmo e ao mercado. Quem se sente integrado e identificado com aquilo que faz “estufa o peito e enche a boca” para se definir profissionalmente. Tem orgulho de ser e do trabalho que desenvolve, mesmo que temporariamente esteja passando por uma crise.
Ser profissional não combina com atitudes passivas, acomodação e queixa. Pelo contrário, caracteriza-se por posturas de autoconfiança, desenvolvimento constante de competência pessoal e proatividade.
Quem “mexe com” tende a caminhar, sem muita convicção, para onde o mercado aponta. Vai atrás dos modismos. A moda é vender celular, lá vai ele, a moda é internet, então é lá que está ele. Desenvolver uma carreira focada significa investir constante em novas aprendizagens, parcerias, inovação de recursos e tecnologias, mas, sem perder a direção
A escolha é de cada um: oportunismo ou construir uma carreira em cima de convicções internas?
Fazer um diagnóstico de como está sua vida profissional nesse momento, pode ser o começo para evitar a armadilha do “mex com”.