segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PRECISAMOS SONHAR GRANDE

O consultor e palestrante Cesar Souza publicou em 2003 o livro “ Você é do tamanho do seu sonho” no qual ele mostra, através de estórias reais, como por trás da capacidade empreendedora existe um sonho ou um desejo de realização. Tenho usado esse livro para incentivar alguns alunos e clientes a refletirem sobre o que desejam e quais são suas metas para a vida pessoal e profissional.
Sonhar faz parte da vida, mas parece que algumas pessoas se esquecem disso. Fico surpresa e ao mesmo tempo triste ao constatar que, de uma forma em geral, as pessoas têm medo de sonhar acordado. E, olha que sonhar é talvez das poucas coisas boas que não custa nada e nem é taxado pelo governo.
Quando pergunto sobre sonhos, muitas vezes, escuto respostas que se referem a metas que se voltam exclusivamente a cumprir expectativas sociais como casar, ter um bom emprego, comprar uma casa, fazer uma viajem e etc.
Acredito que nossos sonhos e desejos revelam muito sobre o que somos e nossa visão de futuro. Sonhar pequeno quer dizer algo: significa que não desenvolvemos nossa auto-estima, nossa capacidade de analisar e perceber a realidade. E mais, pode mostrar que sentimos insegurança em relação a nós mesmos e aos outros e, também que temos dificuldade de persistir e lidar com a frustração.
Muitas pessoas questionadas sobre o que as impendem de sonhar ou desejar algo que extrapole apenas anseios sociais falam que é preguiça ou simplesmente não saberem o que realmente querem. Quem não arrisca nem no sonho mostra que, no fundo no fundo, reprimiu ou jogou lá para o inconsciente suas vontades e desejos. Porque agimos dessa forma?
Primeiramente porque não acreditamos nesse desejo, principalmente quando ele não é valorizado socialmente. É o caso de quem abre mão de uma carreira voltada para as artes e segue um trabalho burocrático pelo qual não se identifica.
Em segundo lugar porque não acreditamos no nosso potencial e na capacidade de modificar a realidade. Estou me referindo aos profissionais que apenas se contentam com o que a vida lhes oferece. Não escolhem, apenas são escolhidos.
E, finalmente, penso que algumas pessoas simplesmente perderam a capacidade de sonhar. O sonho é visto como inimigo da realidade e, portanto fonte de frustração. Deixam de sonhar para evitar ter que lidar com a dor, caso as coisas não aconteçam dentro do esperado.
Resgatar a capacidade de sonhar grande, ou pelos menos de sonhar os nossos sonhos, ajuda na construção do futuro. Sonhar ou não sonhar serve de direcionamento na vida.
Final de ano está chegando. Época em que, naturalmente, fazemos retrospectivas e planos. Momento propicio para resgatar a criatividade, a audácia, a garra que deve caracterizar pelo menos um sonho em nossa vida.
O meu é me dedicar apenas a escrever, qual é o seu?