segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Quando a desesperança bate à porta!


Em alguns momentos a vida parece pesar mais  e nos  faz pensar: Em que errei?
Mesmo que tudo esteja em seu devido lugar e que nada de muito ruim tenha acontecido, a sensação  é de que  algo saiu fora do planejado.
Nesse final de ano, vejo com surpresa, que muitas pessoas relatam um sentimento de desconforto com o ano que termina e de desesperança com esse que vem chegando, diferentemente de um excesso de euforia  e de negação  da desilusão  que normalmente corre nesse período.  
Isso é ruim? Penso que não. Esse sentimento mostra que 2014 mexeu com a autoestima dos brasileiros em vários sentidos:  perdemos na imagem do país no exterior, perdemos  na ilusão do futebol, perdemos mais  uma vez  por acreditar  em nossas  instituições públicas e políticas.
Os mais sensíveis e conscientes estão se sentindo de certa forma derrotados e tristes.  Mas, apesar da dor preferem enfrentar a realidade e não mais fugir, temem o futuro e querem  encontrar uma forma de melhorar.
Estar sensível ao ambiente  de trabalho,  familiar e social é uma  forma essencial  de se abrir um caminho  para sair  do individualismo e construir o  coletivismo.
E nesse caminho, a desesperança tem que dar lugar à empatia. Empatia,   em seu sentido  mais amplo,  mostra uma capacidade psicológica de procurar compreender sentimentos e emoções, experimentando de forma  racional e emocional o que  o outro pode estar sentindo. Esta capacidade pode ajudar a compreender melhor o comportamento ou a sua forma de tomar decisões do outro. É uma habilidade para entender as necessidades, os sentimentos e os problemas dos outros, portanto  algo que pode ser desenvolvido.
A empatia leva às pessoas a se ajudarem e é essencialmente  importante na  sensação e percepção da coletividade. Ela  ameniza a desesperança e a tristeza, na medida em que o sentimento do outro  mostra que  ninguém está  só.
 Por isso, vamos fazer de 2015 o ano da Empatia, o ano de realinhar as relações com amigos colegas de trabalho, familiares, vizinhos, prestadores de serviços e  outros.  E fazer da realidade possível  o primeiro degrau para  um Futuro melhor!
 Um ano de 2015 de muita empatia para você!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PRECISA SER ASSIM?




Por mais que esteja na moda falar que as empresas estão evoluindo e que o ambiente   organizacional está cada dia mais amigável e respeitoso, na prática as coisas não são bem assim.
Se fosse verdade, não existiriam tantas pessoas insatisfeitas e infelizes que sonham com a loteria ou outra forma de se ver livre. O problema nas empresas não são as regras, normas, metas, estrutura ou hierarquia, atributos racionais, previsíveis e controláveis.  O problema nas empresas são as pessoas! Tenho certeza que ao ler essa afirmação, você se lembrou daquele chefe arrogante, ou da colega emburrada, ou do cliente mal educado, do empreendedor que vive mal humorado e assim por diante.
Eh! parece, que o homem tem sido muito criativo para desenvolver tecnologias, serviços e produtos de consumo. Mas, quando se trata de relacionamento interpessoal o que parece é que estamos desaprendendo a conviver.  A falta de paciência e a sensação de injustiça, impunidade e infelicidade estão por toda parte!
Acredito que a arrogância, a fofoca, a falta de educação, o egoísmo, a agressividade, a intolerância às diferenças e tantas outras formas negativas de relacionamento são, na verdade, defesas pessoais.  Mal colocadas, isso é um fato! Nascemos com um sentimento de autoproteção e todas as vezes que nos sentimos ameaçados, reagimos para nos defender. Como no ambiente   organizacional e na vida social não podemos expressar nossas raivas usando de agressão física, apelamos para atitudes sutis e veladas.
E você pode estar pensando: mas eu não fiz nada! Esse cara já chegou aqui se achando, ou ainda, o que eu tenho a ver com a infelicidade dela?
Na verdade, você, eu e muitos profissionais não fizemos nada diretamente ao outro. Estamos sofrendo de uma doença crônica dos nossos tempos:  o deslocamento. Todo mundo desconta em todo mundo suas frustrações, ansiedades, medos.
Uma pessoa feliz e bem resolvida vai ao campo de futebol para se divertir, não para agredir verbalmente um jogador por sua cor ou raça.
 O mesmo   acontece no ambiente organizacional. Um profissional que sabe de suas habilidades e competências trabalha para se desenvolver profissionalmente, e não se importa de desenvolver os colegas e subordinados.  O desenvolvimento de um, não necessariamente, tem que representar a perda do outro. Essa é uma ideia que precisa urgentemente ser revista nas relações profissionais.
Muitas vezes é a cultura e os valores da empresa que incentivam essa disputa interna. Acham que dessa forma aumentam os resultados quantitativos. Pode até ser, mas  com  qual preço? Geralmente o preço a se pagar é o mal estar e a infelicidade das pessoas que descontam nos outros, que descontam nos outros, e assim por diante. E mais uma vez perdemos todos nós!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Personalidade afeta Salários



Um bom motivo para investir no autoconhecimento

No último dia 31/08 o Jornal a Folha de São Paulo trouxe um artigo pelo menos instigante e que mostra que as características de personalidade podem ter impactos positivos ou negativos sobre o salário. O artigo apresenta um estudo da pesquisadora Miriam Gensowski, da Universidade de Copenhague, que   busca mensurar o impacto de traços de personalidade sobre o desempenho. O estudo mostra, por exemplo, que um profissional de nível superior chega a ganhar U$ 694,40 por cada desvio acima da média do grupo, ao longo da vida, em relação ao fator medido -  extroversão.  Nada mal, né?


Na prática todos  sabem que as atitudes são o diferencial de qualidade de um profissional e mais, que a grande maioria das demissões ocorre por problemas de comportamento como fofocas, descompromissos, queixa constante, prepotência entre outros.
Mesmo com a constante divulgação dessas pesquisas sobre comportamentos no mercado de trabalho, muitos profissionais   optam pelo caminho mais fácil, isto é negar que o problema está com eles e colocar a culpa nos colegas, chefias, clientes, fornecedores. É sempre menos doloroso ver a responsabilidade de nossas atitudes inadequadas nos outros. Autoconhecimento é para gente corajosa, que assume   que é preciso mudar, mesmo sabendo o quanto isso é difícil.
Quem sabe que agora se sabendo que alguns traços de personalidade mexem no bolso, algumas pessoas se mobilizem mais, afinal ganhar mais é sempre uma perspectiva agradável.
Vários caminhos podem levar ao autoconhecimento, uns mais rápidos e diretos e outros mais devagar.
 Quem não tem muito tempo e já sentiu na pele uma demissão ou a perda de uma promoção por ter atitudes que a empresa não aprovou, deve optar por orientações com especialistas que podem agilizar o processo. Ser orientado por um profissional é um investimento que se paga no médio prazo. Muitos traços de personalidade são determinados na infância e são repetidos de forma inconsciente. Uma criança birrenta pode ter se tornado em um adulto murrinha sem se dar conta, o especialista sabe como lidar com algumas resistências e medos.  
Quem está começando pode e deve ir prestando atenção nos feedbacks e observando os valores e as expectativas presentes no seu ambiente de trabalho.  Nesse caso, o importante  é  ir  sempre conversando com alguém de sua confiança  e controlando as atitudes negativas e  reforçando as positivas.  O autoconhecimento   vem também com o amadurecimento e com as experiências de vida.  
Em qualquer caso, é bom lembrar que atitude é diferente de intenção. Aumento de salário vem para quem faz, quem usa seu comportamento para ajudar na produtividade e nos resultados.     De boa intenção, como diz o dito popular, o inferno está cheio.