Você está feliz com seu trabalho?
Se sim, pode
acreditar que o crescimento profissional virá naturalmente. Eu sei que é
difícil a gente falar de felicidade no trabalho, quando os ambientes
corporativos de uma forma geral são
desrespeitosos e negligentes com nossas necessidades. Mas, uma pessoa que pelo menos não está
infeliz facilita as relações, abre portas para novas experiências, escuta os
feedbacks que recebe como instrumentos de aprendizagem, ou resumindo, cria um
ambiente psicológico favorável.
Se não, provavelmente o contrário está acontecendo. Quem
trabalha sem prazer é dirigido por um piloto automático. Age como um autônomo
para não entrar em contato com os próprios sentimentos que, provavelmente,
estão trazendo desconfortos emocionais senão também físicos, e vai se afastando
de um convívio saudável com os companheiros de trabalho.
A frustração profissional é como um bichinho que vai
corroendo a carreira de forma inconsciente e levando a atitudes de
descompromisso, resistência a mudanças e pior, a um vazio interno
duro de suportar. Se o profissional não ficar atento, essa
frustração vai se estendendo a outros aspectos da vida como o familiar e o
social.
A questão da satisfação profissional é muito forte para a
maioria das pessoas, pois parte de nossa identidade está ligada ao trabalho. Ter ou não sucesso, se identificar ou não com a
profissão, ajuda ou dificulta a autoestima e autovalorização. Muitos profissionais se sentindo frustrados e sem coragem para tomar uma decisão drástica
assumem como lema pessoal “ deixa a vida
levar”. Essa é sem dúvida uma opção que pode aliviar a dor durante um curto
tempo, mas que dificilmente será a solução final para o problema.
Encarar o desprazer e procurar analisar racionalmente esse
sentimento pode ser mais produtivo. Para
tal é importante, procurar responder sinceramente algumas perguntas:
·
Estou insatisfeito é com a tarefa? É com a empresa? É com o segmento de atuação?
·
Estou infeliz com outra coisa, por exemplo, a
relação afetiva e estou projetando no trabalho?
·
Estou
encarando de forma madura ou infantil as
minhas possibilidades profissionais?
·
Essa experiência atual, apesar de não
satisfatória, poderá ser importante para
o meu futuro?
Essas e outras análises ajudam a entender de onde vem a
insatisfação e muitas vezes consegue-se,
a partir de então, ver que o problema
é muito menor do que parece.
Construir uma carreira
prazerosa e que seja fonte de reconhecimento
pessoal , familiar e social é um exercício que passa por escolhas,
decisões, parcerias,capacitação e
investimentos, mas sobretudo pela coragem de assumir
fazer aquilo que gostamos.
É possível uma carreira sem prazer? Claro que sim. Assim
como é possível ir a um programa que não nos atrai, comer uma comida sem gosto, namorar com alguém com quem não
temos a menor afinidade. A questão é que a carreira perpassa toda a vida, mas cada um escolhe o tamanho da felicidade que
quer.