quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Só o prazer impulsiona a carreira!


 Você está feliz com seu trabalho?
 Se sim, pode acreditar que o crescimento profissional virá naturalmente. Eu sei que é difícil a gente falar de felicidade no trabalho, quando os ambientes corporativos de uma forma geral  são desrespeitosos e negligentes com nossas necessidades.  Mas, uma pessoa que pelo menos não está infeliz facilita as relações, abre portas para novas experiências, escuta os feedbacks que recebe como instrumentos de aprendizagem, ou resumindo, cria um ambiente psicológico favorável.
Se não, provavelmente o contrário está acontecendo. Quem trabalha sem prazer é dirigido por um piloto automático. Age como um autônomo para não entrar em contato com os próprios sentimentos que, provavelmente, estão trazendo  desconfortos emocionais  senão também físicos, e vai se  afastando  de um convívio saudável  com  os companheiros de trabalho.
A frustração profissional é como um bichinho que vai corroendo a carreira de forma inconsciente e levando a atitudes de descompromisso, resistência a mudanças e pior, a um  vazio interno  duro de  suportar.  Se o profissional não ficar atento, essa frustração vai se estendendo a outros aspectos da vida como o familiar e o social.  
A questão da satisfação profissional é muito forte para a maioria das pessoas, pois parte de nossa identidade está ligada ao trabalho.  Ter ou não sucesso, se identificar ou não com a profissão, ajuda ou dificulta a autoestima e autovalorização.  Muitos profissionais  se sentindo frustrados  e sem coragem para tomar uma decisão drástica assumem como  lema pessoal “  deixa a vida   levar”. Essa é sem dúvida uma opção que pode aliviar a dor durante um curto tempo, mas que dificilmente será a solução final para o problema.
Encarar o desprazer e procurar analisar racionalmente esse sentimento pode ser mais produtivo.  Para tal é importante, procurar responder sinceramente algumas perguntas:
·         Estou insatisfeito  é com a tarefa?  É com a empresa?  É com o segmento de atuação?  
·         Estou infeliz com outra coisa, por exemplo, a relação afetiva e estou  projetando  no trabalho?
·          Estou encarando de forma madura ou infantil  as minhas possibilidades profissionais?
·         Essa experiência atual, apesar de não satisfatória, poderá ser importante para  o meu  futuro? 
Essas e outras análises ajudam a entender de onde vem a insatisfação e muitas vezes consegue-se,  a partir de então, ver que o problema  é muito menor do que  parece.
Construir  uma  carreira  prazerosa e que  seja fonte   de   reconhecimento  pessoal , familiar e  social  é um exercício que passa por escolhas, decisões, parcerias,capacitação e  investimentos, mas sobretudo pela coragem de  assumir  fazer  aquilo  que gostamos.
É possível uma carreira sem prazer? Claro que sim. Assim como é possível ir a um programa que não nos atrai, comer uma comida  sem gosto, namorar com alguém com quem não temos a menor afinidade. A questão é que a carreira perpassa toda a vida,  mas  cada um escolhe o tamanho da felicidade que quer.