domingo, 2 de maio de 2010

AUTOCONHECIMENTO TEM A VER COM CARREIRA PROFISSIONAL?

Mesmo que a resposta pareça óbvia, vale a pena analisar como essa questão se aplica no dia a dia de trabalho.
Desenvolver ou não o autoconhecimento reflete nas relações profissionais e na forma como cada um encara as oportunidades. Quando um profissional recebe uma crítica de seu chefe pode reagir de duas formas: a) aquele que se conhece pouco reage de forma negativa, ficando agressivo ou até depressivo, porque tem dificuldade de encarar a realidade;b) aquele que procura se conhecer bem, entende que está sendo questionado na sua forma de realizar o trabalho e não na sua forma de ser .

Quem procura se conhecer com profundidade, precisa saber as origens das suas crenças, sentimentos e forma de reagir, analisando se vale a pena manter aquela conduta. Por exemplo, pais muito críticos costumam educar seus filhos de modo que eles se tornam adultos preocupados em agradar aos outros e, portanto, com medo de errar ou de ser julgado. Ou ainda, a rebeldia de pensamento ou de percepção do mundo normal na juventude, pode ser sentido por alguns pais como ingratidão ou desamor, fazendo com que o jovem aprenda a desistir de pensar por conta própria para manter os laços afetivos.

Dar início ao processo de autoconhecimento é a etapa mais difícil. Isso porque exige que o profissional deixe de lado as queixas e desculpas que tem usado como escudo e siga em busca da solução para suas dificuldades. Alguns conseguem fazer sua auto-análise por meio de informações adquiridas em livros, ou pela troca de experiências em conversas informais. Outros acham melhor procurar um profissional especializado que possa dar foco e agilizar esse ganho.

O conhecimento sobre si mesmo é um processo que não tem fim. Não vale fazer essa reflexão uma vez só na vida, quando se encontra em uma situação de crise como, por exemplo, um momento em que precisamos nos recolocar no mercado de trabalho. Os desafios profissionais mudam com o tempo e podemos ser pegos desprevenidos, se deixarmos de lado aspectos do autoconhecimento, que até então não tinham sido explorados.

A auto-análise deve ser uma constante na vida de quem deseja ter equilíbrio emocional, na vida pessoal e profissional. Vai aqui uma dica: sentimentos como preguiça, irritação e incômodo frente a determinadas escolhas ou situações podem ser indícios de que algo não vai bem. Ou melhor, sinais de que você está lidando com um fato que está provocando em você sentimentos sobre os quais não tem clareza. Hora de parar e refletir, sem medo de encarar, sobre o que se esconde dentro de nós.