Quem não sonha
acordado em dar um tempo no trabalho, na rotina e na correria do dia a dia. E
mais, aproveitar esse tempo para dedicar-se a uma atividade que seja um projeto
pessoal: uma viagem, um curso de gastronomia, a produção de um livro ou o
planejamento de um negócio.
Esse sonho na verdade
significa que a gente quer ter um tempo para repensar a vida, refletir sobre decisões passadas e buscar novos horizontes.
A vontade de dar um
tempo não significa necessariamente que estejamos em crise profissional, mas sim
que estamos precisando conversar um pouco mais com a gente mesmo, e ouvir
alguns sentimentos internos.
Alguns poucos
privilegiados podem fazer isso a partir do apoio da própria empresa e partem
para o chamado ano sabático ou licença sem remuneração, práticas ainda pouco
difundidas em nossas empresas.
Mas para a maioria, o
esforço para alcançar esse objetivo terá que partir de uma iniciativa própria. E cadê coragem!
Ter consciência de
que a vida pessoal e profissional evolui em ciclos, torna mais fácil pensar
nessa possibilidade. Qualquer evolução passa por avanços e retrocessos. Só assim
mudanças ocorrem. Projetos profissionais sem rumo podem parecer avanços, mas
não são, assim como afastamentos temporários podem parecer retrocessos, e na
verdade funcionam como trampolim para novas possibilidades.
De tempos em tempos é
preciso buscar novos significados para a vida. No corre-corre do dia a dia fica difícil questionar
os condicionamentos, reorientar as prioridades e repensar objetivos. Por isso,
dar um tempo é essencial. Esse tempo pode ser curto ou longo, depende de cada
um. Pode ser um afastamento total ou parcial das rotinas. Ou apenas, criar
alternativas de projetos ou realizações.
É um processo difícil
que muitas vezes leva a sentimentos de
culpa e angústia. Envolve negociar mudanças no trabalho e na família. E,
sobretudo, acreditar que você é dono da sua vida e do seu bem estar.