Estamos vivendo tempos difíceis.
As pessoas andam intolerantes e estressadas com os acontecimentos políticos e econômicos,
o que tem se refletivo em atitudes ruins
fora e dentro do ambiente de trabalho.
Percebemos, em muitas situações,
que algumas pessoas esqueceram o significado da palavra gentileza e até da palavra
educação. O convívio pessoal faz parte
da nossa vida pessoal e profissional. Não
por escolha, mas por exigência social. Vivemos em uma sociedade em que cada um tem
seus direito e deveres. Afinar o tom desse convívio, facilita as relações e a
conquista de nossos objetivos. No elevador, no almoço de negócios, em eventos,
reuniões ou encontros com clientes é importante manter a cordialidade, o
respeito, a simpatia, ou porque não dizer a elegância. Segundo Daudt, a palavra
etiqueta não é saber lidar com talheres, copos e taças, mas apenas fazer um
pequeno acordo para não causar danos e suavizar a convivência. Não supõe formalidade,
mas respeito e gentileza. Concordo muito
com ele e concluo que ser elegante tem muito mais a ver com atitude pessoal do que
em se seguir um manual de boas maneiras.
Tenho presenciado no ambiente
corporativo situações constrangedoras que poderiam facilmente ser evitadas com
um pouquinho de bom senso. Um exemplo é
querer se mostrar íntimo de pessoas que estão próximas ao poder. Se dirigir a um profissional por um apelido ou
de forma muito próxima na frente de um cliente ou de outro colega de trabalho,
expõe às pessoas e pode levar a dupla interpretação. Daí vem o mal entendido e
fofocas. É como se diz: cordialidade sim, intimidade não.
Discrição e discernimento não
fazem mal a ninguém. Um excesso de exposição pode levar a uma imagem de
prepotência e arrogância que ao invés de facilitar as relações interpessoais,
pelo contrário, cria atitudes de resistência e má vontade, prejudicando o
alcance dos objetivos. Quem nunca conviveu com alguém que se acha o mais
inteligente, poderoso ou bonito? Esse profissional passa imagem de competência
ou de um grande enganador? Que
sentimentos desperta em seus colegas, subordinados e chefias? Em tempos de internet, redes sociais e hiper exposição,
discrição e discernimento deve se estender a atividades fora do trabalho mas,
que possam ser acessadas por outros. Afinal, o mundo diminui!
Saber conviver com as diferenças
individuais é outro aspecto da elegância profissional. O valor de respeito à
dignidade de qualquer pessoa leva ao
direito às diferenças, criando práticas
e ambiente em que as pessoas possam agir e trabalhar em conformidade com
suas características individuais.
Pequenas atitudes reforçam a elegância no dia
a dia de trabalho: pontualidade em encontros e reuniões, atender o celular
apenas quando urgente, responder e-mail e mensagens, usar linguagem adequada,
evitar constranger pessoas. Como retorno? Empatia e o respeito mútuo, menos estresse e
mais qualidade de vida.