sexta-feira, 23 de setembro de 2016

E essa tal de motivação?

É bom aproveitarmos essa vivência brasileira tão recente de sediar a Olimpíada e a Paralimpíada para repensarmos alguns conceitos sobre motivação.
Durante o último mês, tivemos a oportunidade de acompanhar centenas de casos de luta e de superação sempre com um final feliz. Os atletas, de uma forma geral, são exemplos   claríssimos de que existe uma força ou vontade interna que impulsiona a maioria das pessoas ao crescimento   e ao desenvolvimento.
 Mesmo que alguns insistam em considerar que as pessoas são movidas por ganhos financeiros (nesse caso, por medalhas de ouro) o que a realidade mostra é que as conquistas são consequências de muito trabalho anterior. E, que para os atletas, esses ganhos se misturam às alegrias da participação, à convivência, à novas oportunidades de aprendizagem, além de muitos outros.
Essa força interna ou motivação é que leva à dedicação ao treino, à superação da dor, à troca de experiências, a não aceitação dos limites impostos e à confiança no técnico, fatores importantes para se chegar ao objetivo   pretendido.
Cada um é muito bom em um esporte ou em uma categoria e aceita a força e a superioridade do outro, quando for essa a realidade.  Só por terem chegado até aqui, esses atletas já podem ser vistos como vencedores. Fizeram o seu melhor, competiram e souberam respeitar a capacidade do outro.
O que vemos no ambiente profissional são pessoas reclamando que não são reconhecidas. Se não há reconhecimento, provavelmente é porque o desempenho está aquém do desejado. Nesse caso, não adianta querer culpar os outros pelos objetivos pessoais ou profissionais não alcançados.  Se existe motivação, a busca e o alcance dos resultados virão naturalmente.
Ninguém tem culpa se alguém ainda não conseguiu descobrir essa força interna   ou se a canalizou para o lugar errado. Às vezes se escolhe o caminho mais fácil, isto é, aquele que não trará sacrifícios pessoais ou que não exigirá “ suar a camisa”. Esse caminho atende no curto prazo, mas no médio e longo gera frustração.
Não é o caso da maioria dos vencedores. Canalizam sua motivação para o alcance dos seus objetivos pessoais, batalham incansavelmente e sentem-se felizes por suas conquistas: seja uma medalha, a participação, o reconhecimento ou um simples   muito obrigado!