quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sobrevivência na Selva? Não, apenas no mercado de trabalho

Você já pensou em fazer um curso para aprender técnicas de sobrevivência na selva?
Aprender aguçar os sentidos, descobrir novas possibilidades e ter autoconfiança para sair de situações de perigo ? Você sabe que algumas empresas estão usando esse recurso para ensinar seus funcionários como se comportar no dia a dia de trabalho? O que está acontecendo?
A maioria das pessoas está atônita e sente-se como se estivessem literalmente afundando num emaranhado das mudanças e dos novos desafios profissionais. Portanto, falar em sentimento de sobrevivência pode não ser exagero.
A insegurança e o medo estão mexendo tanto com profissionais experientes que voltam a disputar uma vaga no mercado de trabalho, quanto com jovens profissionais que lutam para conseguir a primeira colocação.
A competitividade global tem desenhado novas estruturas organizacionais: fusões, aquisições, privatizações e internacionalização apontam para novas necessidades no ambiente profissional e, portanto, para novas relações de trabalho.(Veja se não é isso que estamos vivendo atualmente no Brasil!)
Sobrevivência relaciona-se a grandes desafios externos para poucas capacidades internas. Algumas pessoas frente a realidade não conseguem sair do lugar, ficam andando em círculos, indo aos mesmos lugares, procurando as mesmas pessoas, fazendo as mesmas queixas e esperando por um milagre.
Felizmente, para outras muitas pessoas esses desafios tornam-se o trampolim para grandes descobertas pessoais e, consequentemente para o resgate ou construção de novas competências.
Sobreviver do latim “supervivere” tem no senso comum o sentido de escapar, resistir mais ao pé da letra tem o sentido de superar viver uma vida super (mais e melhor) porque acredita e conta consigo mesmo.
Atividades como subir em árvores, pular de alturas com até 9 metros, fazer rapel atravessar desfiladeiros preso a um cabo de aço, provocam lágrimas e tremedeiras mostrando o limite que cada um impôs a si mesmo. Por isso, a prática de exercícios radicais pode ser um caminho para descobertas de novas possibilidades. O impossível quase sempre está mais na cabeça das pessoas que na realidade.
Sobreviver no mercado de trabalho significa estar sempre se superando, crescendo e desenvolvendo novas formas de pensar, perceber, agir, sentir e aprender.
É também aprender a usar os recursos de que dispomos, mesmo que sejam poucos!
É descobrir os medos que nos impedem ou os bloqueios que nos paralisam!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

DESLIGUE O PILOTO AUTOMÁTICO E VIVA COM EMOÇÃO

Muitas pessoas têm preferido apertar o piloto automático e abrir mão das emoções - medo, alegria, tristeza, desapontamento, surpresa e outras - que permeiam as relações interpessoais.
Se a carapuça serviu, é bom parar e refletir se vale a pena tocar a vida dessa forma.
Reações como desânimo absoluto no domingo à noite ao pensar na segunda-feira, passar a semana contando os minutos que faltam para a sexta-feira, descrença nas propostas de mudança no trabalho, baixo investimento no autodesenvolvimento, sensação constante de cansaço e mau humor são indícios entre outros de que o piloto automático está em ação.
Ao optar por essa forma de viver as pessoas pensam que estão se resguardando do sofrimento e da dor. Puro engano!Quem liga o piloto automático para dar conta de cumprir sua rotina pessoal e profissional além de evitar as frustrações, na verdade, vai apenas se desgastando e adiando uma decisão que virá ou por bem ou por mal.
Diferentes fatores podem levar uma pessoa a se comportar como um robô tanto na universidade quanto no ambiente de trabalho.Mas, a maioria desses motivos é fruto de conflitos internos ou de incompatibilidade entre as próprias expectativas e valores e a realidade vivida.
Muitos alunos vivenciam um conflito em relação ao curso por que percebem um abismo entre o que fazem e o que gostariam de estar fazendo. O mesmo ocorre com profissionais com menor ou maior tempo no mercado. A atividade profissional não condiz com seus valores internos e por isso, sentem-se pressionados.
Para quem se percebe nessa situação um caminho é olhar mais fundo para dentro de si e descobrir alternativas. Pode ser um curso ou uma carreira paralela ( conheço um advogado de renome que é também pianista, tocando em bares e festas) ou pode ser a realização de uma atividade social ou filantrópica, ou ainda encarar de frente a área de interesse. O importante é descobrir um jeito de combinar o que deve ser feito com aquilo que se quer fazer. Assim, a pessoa atende suas aspirações pessoais, sai do tédio e resgata seu entusiasmo pela vida.
Para outros, o conflito parece ser externo, ligado diretamente ao ambiente e às pessoas com quem convivemos: pais, irmãos, colegas, professores, chefias entre outros. O sentimento é de que o outro não entende e não ajuda a sair do impasse. Aqui o caminho é assumir a responsabilidade no relacionamento. Isso quer dizer ser capaz de exprimir seus sentimentos com as pessoas certas, conviver e aprender com as diferenças individuais, tirar o dedo do botão da raiva e aprender perdoar, ser mais tolerante consigo mesmo e com os outros, saber lutar pelo que acha importante.
O automatismo cria um sentimento ilusório de estabilidade e proteção isso porque, na verdade, estimula a inércia e a acomodação. Em tempos de mudança esse comportamento pode ser muito prejudicial tanto para seu trabalho quanto para sua vida pessoal.
Penso que o melhor é desligar o piloto automático e por emoção na suas atividades ou de formação ou de trabalho. Aos poucos você verá que seus amigos e sua família vão agradeceressa mudança. Elas, provavelmente, mesmo sem dizer nada, não estão agüentando mais conviver com seu desânimo, suas queixas e sua falta de garra para fazer as mudanças necessárias na sua vida! Mãos a obra!