Muitas pessoas têm preferido apertar o piloto automático e abrir mão das emoções - medo, alegria, tristeza, desapontamento, surpresa e outras - que permeiam as relações interpessoais.
Se a carapuça serviu, é bom parar e refletir se vale a pena tocar a vida dessa forma.
Reações como desânimo absoluto no domingo à noite ao pensar na segunda-feira, passar a semana contando os minutos que faltam para a sexta-feira, descrença nas propostas de mudança no trabalho, baixo investimento no autodesenvolvimento, sensação constante de cansaço e mau humor são indícios entre outros de que o piloto automático está em ação.
Ao optar por essa forma de viver as pessoas pensam que estão se resguardando do sofrimento e da dor. Puro engano!Quem liga o piloto automático para dar conta de cumprir sua rotina pessoal e profissional além de evitar as frustrações, na verdade, vai apenas se desgastando e adiando uma decisão que virá ou por bem ou por mal.
Diferentes fatores podem levar uma pessoa a se comportar como um robô tanto na universidade quanto no ambiente de trabalho.Mas, a maioria desses motivos é fruto de conflitos internos ou de incompatibilidade entre as próprias expectativas e valores e a realidade vivida.
Muitos alunos vivenciam um conflito em relação ao curso por que percebem um abismo entre o que fazem e o que gostariam de estar fazendo. O mesmo ocorre com profissionais com menor ou maior tempo no mercado. A atividade profissional não condiz com seus valores internos e por isso, sentem-se pressionados.
Para quem se percebe nessa situação um caminho é olhar mais fundo para dentro de si e descobrir alternativas. Pode ser um curso ou uma carreira paralela ( conheço um advogado de renome que é também pianista, tocando em bares e festas) ou pode ser a realização de uma atividade social ou filantrópica, ou ainda encarar de frente a área de interesse. O importante é descobrir um jeito de combinar o que deve ser feito com aquilo que se quer fazer. Assim, a pessoa atende suas aspirações pessoais, sai do tédio e resgata seu entusiasmo pela vida.
Para outros, o conflito parece ser externo, ligado diretamente ao ambiente e às pessoas com quem convivemos: pais, irmãos, colegas, professores, chefias entre outros. O sentimento é de que o outro não entende e não ajuda a sair do impasse. Aqui o caminho é assumir a responsabilidade no relacionamento. Isso quer dizer ser capaz de exprimir seus sentimentos com as pessoas certas, conviver e aprender com as diferenças individuais, tirar o dedo do botão da raiva e aprender perdoar, ser mais tolerante consigo mesmo e com os outros, saber lutar pelo que acha importante.
O automatismo cria um sentimento ilusório de estabilidade e proteção isso porque, na verdade, estimula a inércia e a acomodação. Em tempos de mudança esse comportamento pode ser muito prejudicial tanto para seu trabalho quanto para sua vida pessoal.
Penso que o melhor é desligar o piloto automático e por emoção na suas atividades ou de formação ou de trabalho. Aos poucos você verá que seus amigos e sua família vão agradeceressa mudança. Elas, provavelmente, mesmo sem dizer nada, não estão agüentando mais conviver com seu desânimo, suas queixas e sua falta de garra para fazer as mudanças necessárias na sua vida! Mãos a obra!
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