Antes de ler esse artigo dê uma
olhada em você em um espelho de corpo inteiro. Olhe para valer! Procure se ver
pelos olhos dos outros. Que pessoa está lá do outro lado? Uma pessoa
séria, risonha, confiante, frágil, elegante, desleixada, alto astral, deprimida,
amigável? Tente identificar que mensagens você vem passando para colegas,
clientes, fornecedores e chefias no seu dia a dia de trabalho.
A linguagem corporal denuncia o
nosso estado de espírito até mesmo o que estamos querendo ou pensando! E o que é pior de forma sutil e velada, e sem
que tenhamos consciência clara. A
linguagem corporal pode influenciar positiva e negativamente sua carreira
profissional.
Em uma festa você usa ou já usou muito a
linguagem corporal para saber se deve ou não se aproximar ou se deve ou não
deixar que o outro se aproxime. Um sorriso ou um olhar pode ser sinais de PARE
ou de SIGA!
O mesmo
ocorre no ambiente de trabalho, todos os dias e em situações diversas. A
linguagem corporal pode ser compreendida
como uma forma de comunicação não verbal na qual usamos gestos,
posturas, expressões faciais, olhares, movimentos dos braços, mãos ou pernas e
entonação da voz, além de roupas e apresentação pessoal. Dizem
os estudiosos que ela representa mais de 70% de nossa comunicação total,
portanto seu peso é enorme sobre o que comunicamos sobre nós mesmos.
Da mesma forma que “lemos e interpretamos” a
linguagem corporal das outras pessoas todo o tempo, os outros fazem a mesma
coisa com a gente. Quando o chefe chega de cara amarrada e “esquece de
cumprimentar” você já sabe que aquele não é um bom dia para discutir problemas
com ele.
Ora, o contrário também é verdadeiro. Como
convencer seu chefe de que você é uma pessoa competente quando sua postura é de
insegurança, dúvida ou medo? Ou, como quer ser visto como um profissional sério
se na maioria do tempo seu comportamento é de brincadeira, de contar piadas e
até mesmo de sedução?
A linguagem corporal é importante não apenas
pelas mensagens que passamos e que influenciam na forma como os outros nos veem,
mas também porque ela interfere na
forma como a gente se vê e se posiciona.
Tanto isso é verdade, que se tivesse um espelho na sala de reunião de
sua empresa, certamente você tomaria mais cuidado com a forma de sentar ou de
olhar as pessoas.
Eu mesma já passei por uma
situação muito constrangedora porque olhei alguém de forma irônica e
depreciativa. Essa linguagem corporal me custou a perda do contato pessoal com
uma pessoa próxima. Demorei um pouco para
perceber as situações que me levavam àquele tipo de reação e de olhar, mas hoje
já consegui identifica-las o que me permite ter o controle.
Nas relações profissionais de um mundo
globalizado todo cuidado é pouco, pois as diferenças culturais levam a
linguagens corporais específicas. Um
sorriso ou um tapinha nas costas, para alguns pode significar afetividade, para
outros, desrespeito. O contato visual firme em algumas negociações pode abrir
portas em outras, fechá-las.
Portanto se você está precisando
mudar a opinião dos outros sobre você, que tal começar por mudar sua linguagem
corporal? Para tal, peça o feedback de pessoas próximas e de sua confiança. Analise sem defensividade o que ouvir de
negativo. Procure identificar como, quando e porquê usa essa forma de se
comunicar e, se precisar, ache alguém que considere que tem uma boa
linguagem corporal e se espelhe nela.
Aos poucos a mudança de postura vai sendo incorporada e uma nova forma de se expressar
sendo assumida.