quinta-feira, 27 de junho de 2013

O QUE VOCÊ FARIA SE NÃO TIVESSE MEDO?

Essa pergunta apareceu no primeiro capítulo do livro “Faça Acontecer” de Sheryl Sandberg, que chegou ao mercado recentemente,  e que me fez refletir sobre o medo na carreira profissional.  Perguntei-me  o que teria  feito de forma diferente se tivesse deixado o medo de lado em  uma situação específica, no meu caso  ter deixado a  psicologia para assumir  a vontade de me dedicar à pintura. 
Ter medo é uma coisa natural. O medo é uma sensação  que estimula a autoproteção frente a um provável perigo. É um sentimento  que prepara para um estado de alerta ou de fuga.
Na carreira profissional o medo se manifesta na      maioria das vezes, não relacionado a situações reais, como uma ameaça de demissão,  mas normalmente vinculado a fantasias, inseguranças, autocrítica e outros sentimentos imaginários.
 Como não  tem a ver  com situações reais torna-se mais difícil controlar esse sentimento que pode tomar formas diversas de se expressar  profissionalmente: apatia, desmotivação, agressividade   culpar  terceiros da família  ou da empresa.
Dessa forma, o profissional evita correr riscos que poderiam resultar em ganhos. Renuncia  ao que quer, mas vive constantemente uma frustração pelo que não viveu, como se existisse uma sombra pairando permanentemente sobre sua cabeça.
Lidar com o medo na vida profissional significa, sobretudo, afastar  pensamentos que paralisam a ação de mudança,  idealizar a realidade, querer resultados imediatos, exigir autoperfeição e achar que vai ser rejeitado se falhar, são exemplos de gatilhos internos que levam ao medo  do novo ou do desconhecido. 
É bom lembrar que “errar é humano” e que ninguém é bem sucedido o tempo todo. Quando vemos alguém bem posicionado profissionalmente, imaginamos que sua carreira foi como uma escalada com picos cada vez mais altos.  Não vemos os riscos e os tombos que ocorreram no caminho. Não vemos, que tiveram de lidar com o medo e a insegurança e encarar  a  vida como ela é.
Não é a toa que a pergunta, que dá título a esse artigo, abre o capítulo  do livro que  traz  uma reflexão  sobre a liderança. Essas duas palavras andam juntas.
Quem se sente líder da própria vida consegue dominar o medo e seguir em frente. Quem não consegue acreditar no seu potencial prefere o conforto do conhecido, mesmo que isso signifique abrir mão do sentimento de realização pessoal e profissional.
 Portanto, imagine sem medo, o que estaria fazendo agora, nesse momento, se não tivesse medo. Se sua resposta é muito diferente  do que está vivendo, é bom refletir sobre o que está ganhando e perdendo com essa atitude.


8 comentários:

  1. É... acho que meu medo já deixou de existir a muito tempo atrás, me lembro de ter passado algo assim quando fui mudar de carga em uma empresa de informática que eu trabalhava, estava no setor de compra de produtos e queriam me colocar como vendedor, sair de uma posição de conforto que a gente já sabe o que deve fazer para uma posição que não temos a mínima do que vai acontecer é uma situação um tanto preocupante, temos medo de não nos adaptarmos e acabarmos realizando um trabalho pouco satisfatório. Porém, acredito que foi só naquela época que esse medo me ocorreu, hoje estou finalizando um mestrado e dando aula em uma escola ao mesmo tempo, ou seja, medo pra que, a vida é só uma, e se você não conseguir de um jeito, tem de outro, existe sempre uma maneira de vencer, o que não existe é vencer sem trabalho duro.

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    1. Realmente! O sucesso baseado no trabalho tem um gostinho diferente!! mas se prepare para novas ansiedades que virão...elas fazem parte do crecimento pessoal e profissional..

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  2. Acho que preciso rever minhas ações perante aos ocorridos em minha carreira.O medo sempre me sufoca, me deixando ansiosa por fim sempre faço tudo correndo "com medo" de não dar conta. Isso me atrapalha muito ou em quase tudo. Mas não vou desistir, vou continuar e traçar meu próprio caminho. O medo sempre vai existir, o fato, é que terei de dominá-lo.

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  3. Tamara, ter coragem não é não ter medo..é aprender a controla-lo. Procure identificar em que situações o medo aparece com mais frequencia para aprender a lidar com ele, um abraço

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  4. Muito bacana o texto!! Me fez refletir a respeito das oportunidades, que aparecem e agente não agarra por conta do medo.

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  5. Pois é, se aconteceu uma ou duas vezes vamos aprender a ver o porquê desse medo para que na terceira oportunidade a gente consigo ir em frente, um abraço

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  6. Muito boa a postagem Prof. Maria Helena!
    Gostaria de fazer uma pergunta. Qual o papel das lideranças de equipe, RH e Diretoria para que no ambiente corporativo seja incentivado a "perda do medo"? Percebo que em algumas empresas o "medo" faz parte da cultura das instituições.
    Parabéns pelo blog

    Atenciosamente,
    Wesley de Souza

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    1. Realmente Wesley! existem ambientes corportativos que ainda usam o medo para controlar o comportamento de seus funcionários. Pessoas com medo não questionam e não reivindicam, mas também não se comprometem e quando podem prejudicam quem vive as ameaçando. Ainda existem chefias, que por insegurança, exercem o poder na equipe através do medo e a cultura permite. Mal sabem eles, que são os que mais são assuntoi da rádio peão!! um abraço

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