segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

QI pontos positivos e negativos

Uma pratica comum nos processos de recrutamento nas empresas brasileiras é a indicação ou o famoso QI (Quem Indica).
 Mas não estamos sozinhos na fita. Pesquisa recente realizada pela empresa Robert Half, mostra que essa política de escolha de pessoas para preencher vagas é comum também em outros países. Apesar de controversa, a indicação é utilizada em muitas empresas multinacionais como IBM, Google, 3M e FIAT Automóveis e, na maioria das empresas de pequeno e médio portes.
 A pratica em si não é boa ou ruim, depende de como é utilizada.
 Em algumas empresas mais maduras a indicação possibilita aumentar o número de candidatos e a possibilidade de acerto.   Nesse caso, a indicação abre portas, mas não garante a contratação. O candidata avaliada técnica e comportamentalmente só passará a fazer parte da empresa se estiver alinhado com seus objetivos. Essa postura, por parte da empresa, mostra para os funcionários que a meritocracia é um valor cultural, independentemente de como a pessoa chega. Nesse caso, a contratação ocorre pela   competência profissional e não somente pela indicação.
Em outras empresas, porém, a conversa é outra. A simples indicação garante a contratação o que gera problemas em vários níveis.  Cria mal-estar com os funcionários da casa que passam a não confiar nos contratados.  Muitos desses, por sua vez, entram na empresa com uma postura arrogante e “se achando”, o que gera conflitos e fofocas.   Também, outros candidatos tanto internos quanto externos se sentem injustiçados e divulgam o acontecido para o mercado. 
Em alguns processos de recrutamento ainda é pior. Arma-se um teatro para fazer de conta que   tudo está ocorrendo de forma democrática e profissional, quando a escolha do candidato já aconteceu. Ora, as pessoas não são bobas e percebem claramente o jogo.  
 Sabendo dessa prática no mercado e entendendo que o QI pode ajudar no processo de seleção, fica evidente a importância do “networking”. Mas, não aquele construído nas redes sociais, e sim o que nasce de relacionamentos e trocas profissionais, postura durante a formação acadêmica e é fortalecido pela   imagem   pessoal e profissional em relação à ética, competência e disposição para agregar.
Como o ser humano é cheio de contradições, o que vemos na pratica do QI é que a maioria de nós se ressente quando não fomos o indicado para um cargo ou função, o que gera frustração e desmotivação.   Porém, ficamos felizes e achamos justo quando somos o alvo da indicação.  Portanto, parece que nessa estória de “Quem Indica” vale dois pesos e duas medidas. 


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