Uma pratica comum nos processos
de recrutamento nas empresas brasileiras é a indicação ou o famoso QI (Quem Indica).
A pratica em si não é boa ou ruim, depende de
como é utilizada.
Em algumas empresas mais maduras a indicação
possibilita aumentar o número de candidatos e a possibilidade de acerto. Nesse
caso, a indicação abre portas, mas não garante a contratação. O candidata
avaliada técnica e comportamentalmente só passará a fazer parte da empresa se
estiver alinhado com seus objetivos. Essa postura, por parte da empresa, mostra
para os funcionários que a meritocracia é um valor cultural, independentemente
de como a pessoa chega. Nesse caso, a contratação ocorre pela competência profissional e não somente pela
indicação.
Em outras empresas, porém, a
conversa é outra. A simples indicação garante a contratação o que gera
problemas em vários níveis. Cria mal-estar
com os funcionários da casa que passam a não confiar nos contratados. Muitos desses, por sua vez, entram na empresa
com uma postura arrogante e “se achando”, o que gera conflitos e fofocas. Também, outros candidatos tanto internos
quanto externos se sentem injustiçados e divulgam o acontecido para o
mercado.
Em alguns processos de
recrutamento ainda é pior. Arma-se um teatro para fazer de conta que tudo está ocorrendo de forma democrática e
profissional, quando a escolha do candidato já aconteceu. Ora, as pessoas não são
bobas e percebem claramente o jogo.
Sabendo dessa prática no mercado e entendendo
que o QI pode ajudar no processo de seleção, fica evidente a importância do
“networking”. Mas, não aquele construído nas redes sociais, e sim o que nasce
de relacionamentos e trocas profissionais, postura durante a formação acadêmica
e é fortalecido pela imagem pessoal e profissional em relação à ética, competência
e disposição para agregar.
Como o ser humano é cheio de
contradições, o que vemos na pratica do QI é que a maioria de nós se ressente
quando não fomos o indicado para um cargo ou função, o que gera frustração e
desmotivação. Porém, ficamos felizes e achamos justo quando
somos o alvo da indicação. Portanto,
parece que nessa estória de “Quem Indica” vale dois pesos e duas medidas.
Parabéns, excelente publicação!
ResponderExcluirShow de bola!
ResponderExcluirBoa matéria
ResponderExcluirÓtimo, professora! =)
ResponderExcluirQI é para quem pode e não para quem quer!!!Tem gente que não indico mesmo.....
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